segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Violência contra mulher: um problema de saúde publica

     A violência contra mulher assume diferentes formas, que perpassa pelo social domestico financeiro, sexual e moral. Essa violência esta presente em todas as idades e classes sociais.
     Nestas considerações priorizamos a violência sexual e a redução da mulher no espaço doméstico.
     Historicamente a mulher sempre esteve sujeita autoridade masculina no espaço domestico, espaço este inacessível pelo estado.
     Para romper esta barreira os movimentos feministas foram e são de suave importância.
     O Estado Brasileiro deu o primeiro passo aos direitos específicos das mulheres. Tendo em vista que os dados levantados em pesquisas são alarmantes, o que impossibilita o silencio da sociedade.
     A violência sexual segundo a lei Maria da Penha compreende qualquer conduta a constranger a mulher a participar da relação sexual não desejada e outras violências.
     Romper a barreira do machismo e admitir que o espaço doméstico estava muitas vezes impregnados de múltiplas violências contra mulher foi uma conquista do movimento feminista na década de 60 e 70.
     Além da violência contra mulher existem outros tipos de violência no espaço domestico sendo eles contra criança e o adolescente indiferentemente do sexo.  O que nos faz pensar que isto ocorre com tanta frequência devido à desestruturação familiar. Afetada muitas vezes pelos fatores econômicos
Violência sexual e aborto legal
No Brasil, o aborto é legalizado em apenas duas situações:
-Quando a mãe corre risco de morte.
-Ou em casos de gravidez por estupro.
     No primeiro caso a legislação vem a priorizar a vida da mulher em detrimento a vida do feto.
     No segundo caso. Cabe a mulher fazer a opção. Porém, ela deve não se omitir em buscar ajuda quando for vitimizada da violência sexual, pois além da gravidez esta sujeita a contrair doenças sexualmente transmissíveis inclusive o HIV que pode ser prevenido se assistida imediatamente após a violência.
Situação no Paraná
     Este amparo legal das vitimas de violência no estado do Paraná tem-se dado pelas redes integradas, apoiado pelo comitê gestor interinstitucional. Que estabeleceu as competências dos entes que acompanham sem perder de vista o lado humano evitando peregrinação e constrangimento da vitima na busca de seus direitos e ainda evitando a perda das provas periciais.
     A politica de enfrentamento a violência contra a mulher não deve ficar apenas no institucional cabendo também as instituições não governamentais que podem fazer um trabalho de orientação e resgatando a auto estima da vitima.
     Pela implantação destes serviços constata-se que os casos são alarmantes porem e só uma constatação devido o encorajamento da denuncia.
     Foi criado em Curitiba pioneira do primeiro juizado especial de violência doméstica contra mulher, conhecendo medidas protetivas de urgência para as mulheres em situação de violência.


    



    


Encarar o desafio da educação sexual na escola

         Como trabalhar a educação sexual na escola? E quais conteúdos serão inseridos a educação sexual.
         Trabalhar a educação sexual só quando necessária, diante de entrevei-o ocorridas na sala de aula ou trabalhar explicar todo processo da sexualidade organizada dentro de um contexto, onde os educandos possam expor seu ponto de vista, questionar duvida.
         Pois os educandos sentem a necessidade de conhecer e falar sobre sexualidade.
         Na metade do século XX foi e está sendo determinante na discussão e na inclusão da educação sexual nos âmbitos sociais e educacionais.
         Surgindo a temática sexualidade em politicas publicas de educação.

Educação Sexual com Orientação Sexual
A expressão orientação sexual tornou-se oficial e  institucionalizada com os   PCNS no ano de 1997.
         A popularização do termo orientação por educadores e instituições publica, descartando a expressão Educação Sexual, e o abandono do aspecto.
         E a mudança da educação para orientação explicitou a força politica do grupo de trabalho e pesquisa em orientação sexual(GTPOS), possibilitando a dispersão do termo nacionalmente e aceitação escolar sem qualquer resistência, reflexão ou questionamento.
         Essa expressão está sendo utilizada para definir e caracterizar o trabalho pedagógico e escolar de discussão da sexualidade.
         A substituição do termo desvincula o enfoque reprodutivo, biológico, medico e normativo da educação sexual sendo que Orientação Sexual propõe a fornecer informações sobre a sexualidade e a organizar um espaço de reflexões e questionamento na área de sexualidade em escolar e a Educação Sexual passaria a ter o mesmo propósito só que fora da escola, o que as distingue e é o local do processo de informações e reflexões.

Princípios para uma Educação Sexual na Escola
                  Esse princípio objetiva a incomodar aqueles que desenvolvem uma Educação Sexual na escola.

1-    Educação Sexual deve começar na infância e fazer parte do currículo escolar objetivando a formação da criação do jovem.

2-    As manifestações da sexualidade não só como objetivo da reprodução e sim da sexualidade, descoberta corporal, ou seja, o auto conhecimento.

3-    Descoberta sexual é a expressão da sexualidade.

4-    Não deve existir qualquer segregação de gênero no conhecimento apresentados a meninos e meninas, sendo a socialização do conhecimento democraticamente.

5-    Compartilhar brinquedos sem levar em consideração de o gênero.

6-    A linguagem na educação sexual deve contemplar o conhecimento cientifico tanto quanto ao conhecimento popular.

7-    Dentro do contexto atual há muitas formas de expressar a sexualidade e do gênero.

8-    A Educação Sexual pode discutir valores.





Os senhores da memória

         Sem a memoria coletiva os homens não podem sobreviver, ela orienta o destino dos povos, para resgatar essa memoria e preciso ouvir relatos dos mais velhos e associar com documentos escritos.
         Relatos indígenas demonstram a sua relação com a natureza e o profundo respeito que tem por ela considerando todos os seres vivos do reino animal, vegetal e mineral, seus parentes ou seres sagrados.
         Esses conhecimentos sempre foram transmitidos oralmente, a experiência de cada povo era armazenada na memoria humana. Símbolos e desenhos também são significativos para contar sua historia.

A tradição oral
         A tradição oral e como se fosse uma autobiografia das tribos. A comunidade cientifica reconhece o valor da tradição oral como um elemento de transmissão de conhecimento.
         A pesquisa que incorporavam a tradição oral como fonte desmitifica que as culturas ágrafas não tinham história, pois, a escrita é apenas a fotografia do saber, mas, não é o saber em si.

A canoa do tempo
A ignorância e o despreparo e até mesmo o desprezo mantidas em relação às línguas e culturas indígenas tem impedido que a atual sociedade brasileira aprenda com o saber indígena.
O desaparecimento nos últimos 500 anos de mais de mil línguas indígenas no brasil significou a queima de arquivo, um apagamento da memória.
Existe ainda saberes armazenados na memoria que continua circulando dos mais velhos para os mais novos através da tradição oral. Os desconhecimentos dessas línguas perdidas nos fazem perder também a riqueza da diversidade cultural. Para sair do tempo presente para o passado necessitamos da língua. A língua pode ser considerada como um veículo que nos desloca de um lado para o outro. As comunidades indígenas da Amazona se locomovem com a canoa. Assim pode-se considerar que a língua e a canoa do tempo.

Os Kaigangues no Paraná: aspectos históricos e culturais
         Vale a pena ressaltar nesse artigo o que pesquisadores e educadores vêm apontando a necessidade de uma revisão dos livros didáticos contaminados pela ideologia e etnocêntrica e racista.
         Algumas características da sociedade Kaigang é uma das maiores etnias do país em divulgar informações cientificas sobre cultura desse povo pode contribuir, para romper com discriminação e preconceito social.
         No Paraná a conquista dos campos gerais pelo governo imperial em 1970 onde, entraram em contato com os Kaigangues que estavam estabelecidos nas principais bacias do Paraná, esta conquista foi lenta durando até cem anos, quando o principal grupo concordou em entregar as arma, foram encaminhados para os aldeamentos. Apesar da resistência desse povo a cultura e a dominação básica prevaleceram, sendo que os Kaigangues foram obrigados a se estabelecerem em mais de 30 terras indígenas que fica sem a quem dá necessidade desses grupos sendo estes reduzidos a mero trabalhador nacional.
         A diminuição do território dos Kaigangues o extrativismo predatório praticado pelos brancos que avançaram no século XX. Trouxe como consequência para os Kaigangues a dependência de politicas publicas.
         Para os índios a terra a é mais que meio de subsistência. Ela é o suporte da vida social. O seu território (Kaigang) é o espaço onde habitam os espirito de seus ancestrais e outros seres sobrenaturais. È onde estão enterrados os mortos e onde os vivos tem seus umbigos enterrados.
         Os casamentos, produzem na sociedade Kaigang o entrelaçamento entre parentesco e política, através de regras de direito e obrigação que constituem a rede de sociabilidade das famílias envolvidas onde o poder político Kaigang está estruturado na figura do Cacique e sua liderança.
                Atualidade a preocupação com as sociedades indígenas, por parte do governo está pontuada na educação intercultural; da saúde indígena, como programas para erradicação do alcoolismo, alternativas econômicas entre outros nos conselho indigenistas os caingangues são parceiros dos guaranis, xoklengs e xetás, tendo em vista que tais problemas são comuns a todos.

Populações indígenas

População Xetá
Constituiu um grupo menor. Ocuparam uma área também menor, não deixaram vestígios significativos para serem estudados, porem nos dias atuais existem renascentes dessa cultura, que em grande parte se miscigenou com outras culturas dessa região.
População Kaigang
Os Kaigangues ocuparam a região Centro Sul do país e os estudos arqueológicos indicam que entravam em contato com os guaranis  que em grupos maiores que podiam ter empurrado os Kaigangues mais para o Sul. Os Kaigangues também são povos coletores e caçadores, mas há indícios de que também praticavam a agricultura em roças e coivara.Deste povo existem aldeias onde são tutelados pelo estado e sua cultura ainda é preservada porém o contato com o homem branco forçou sua cultura.
Tradição Xokleng
      Denomina e a língua. Não se conhece muito sobre seus ascendentes históricos. Eram ceramistas, construíam suas casas em frestas de rochas ou semi-subterrâneas. Esta cultura contemporânea dos Kaigangues.
Diretrizes da Educação Escolar Indígena
         Refletir sobre as diretrizes da educação escolar indígena nos remete para 2 campos: SOCIOPOLÍTICOS e EDUCACIONAIS.
É preciso reconhecer o valor das sociodiversidades culturais e as praticas pedagógicas devem estar voltadas para a diversidade sociocultural indígena e suas relações com a educação escolar.
A Constituição de 1988 colocou as culturas indígenas sob novas bases.
São direitos constitucionais dos povos indígenas: a reconhecê-la e a garantia de seus territórios, de suas formas de organização social e de sua população sociocultural, o ensino ministrados nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem.
É preciso um olhar diferenciado para a situação do índio hoje.
Obviamente que não e mais possível pela questão agraria que estes desenvolveram sua cultura como à centenas de anos atrás, porém a convivência com o homem branco não lhe tira a questão cultural. É preciso desconstruir o discurso de que os índios que convivem com os brancos não são mais índios.
         A partir dos anos 70, os próprios índios se organizavam em movimentos reivindicatórios de seus direitos e apoiados pela sociedade civil que reconhece os direitos territoriais, políticos e culturais dos povos indígenas, o que tem ressonância no Congresso.
         Quando reconhecemos os direitos Constitucionais de povos indígenas suplica em dizer que os povos indígenas são portadores de direitos conforme sua cidadania.
O que é notado da politica da educação indígena deve ser:
A interculturalidade: a nova escola indígena propõe ser um espaço intercultural de reconhecimento da diversidade de saber dos povos indígenas, resgatando os valores pela tradição oral, ouvindo as pessoas mais velhas e revitalizando práticas de rituais.
Os professores de comunidades indígenas podem construir seus conteúdos juntamente com os costumes incentivando a brusca e o resgate das culturas indígenas. Pode ser construída também coletivamente às realidades e perspectivas da cada povo.
A escola indígena passa a ser um meio de dar dimensões mais amplas da vida social à partir de interesses de cada sociedade indígena. Para tanto se faz necessário propor uma mudança do ensino tradicional para o ensino bilíngue o qual ensina a língua indígena para (não sei a palavra: enraçar?) e o saber cientifico sem perder de vista a cultura de cada povo. Estes saberes devem levar em conta os interesses e necessidades de cada povo.
 A educação escolar indígena e uma inovação na educação brasileira e sua implementação como politica de garantia de direitos, exige a formulação de políticos, programas e ações específicos e o exercício de uma gestão flexível e conhecedora das peculiaridades de cada povo indígena.
Os representantes indígenas devem ter um espaço significativos na construção.
Formação de professores indígenas no estado do Paraná: breve histórico: ( 16 e 17/06)

Educação Escolar Indígena

Educação Escolar Indígena

Introdução
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná preocupada com a cultura indígena criou nas escolas publicas uma proposta para a  educação indígena sendo criada 29 escolas indígenas em 18 municípios que atendem as etnias Kaingangues, Guaranis, Xokleng e Xetá. Porém, o maior desafio é preparar um material pedagógico que respeite a diversidade cultural e ao mesmo tempo em que sejam respeitada as particularidades dessas etnias.
Um dos materiais pedagógicos é o Caderno Temático Educacional Escolar Indígena o qual busca a interculturalidade, o atendimento e o entendimento da pluriculturalidade cultural.

As populações Indígenas do Paraná (pág. 13)
As primeiras populações indígenas no Paraná: os caçadores e coletores pré-históricos

O território que hoje compreende o PR foi habitado por grupos humanos de caçadores e coletores que formavam pequenos grupos seminômades. Porém a questão é quanto ao tempo que estes grupos chegaram em nosso território. Não há unanimidade entre os pesquisadores, alguns acreditam que seja em torno de 8.000 anos, outros, no entanto defendem a tese de que estes grupos humanos tenham chego nessa região à aproximadamente 12 mil anos. Teriam eles feito os mesmos caminhos que outros grupos que habitaram o Norte do Brasil, isto é, podem ter passado pelo Estreito de Bering ou pelo Oceano Pacífico em sucessivas levas e em diferentes momentos históricos.
       Esta tese é a mais aceita devido aos vestígios encontrados que datam desse período. No norte do Brasil foi encontrado um crânio feminino que data desse período e os cientistas a batizaram de Luzia.

Tradição Humanista
       Os pesquisadores após analisarem os vestígios líticos deixados por este grupo tecem considerações sobre o seu modo de viver. Tais estudos levam a crer que formavam grupos seminômades, com deslocamentos sazonais. Eram caçadores e coletores. Seus vestígios são restritos porque seus utensílios e adereços e ate mesmo armas eram fabricadas com matérias não permanentes. Este povo extinguiu-se não deixando descendentes.

Tradição Umbu
      Estudos arqueológicos consideram que este povo tenha ocupado a região sul da América entres 10 e 1.000 anos A.C, e também extintos e não deixaram descendentes da sua cultura.

                                                Tradição Sambaqui      
Os povos dos Sambaquis ocupavam o litoral Sul do Brasil, porém foram encontrados vestígios de sua presença até o litoral da Bahia. Este povo alimentava-se basicamente de frutos do mar e construíram montanhas com até 8 metros de altura e 300 metros de extensão com restos de conchas, caramujos, ossos humanos, restos de cozinha nos quais depositavam adornos e armas. Não eram ceramistas, porem os vestígios dos Sambaquis são um material rico de informações e ao mesmo tempo muito intrigante.

As populações indígenas históricas
População Guarani
A população Guarani designa a língua e o povo ao mesmo tempo. Ocupavam o Centro Sul do Paraná vindo possivelmente das proximidades dos Rios Madeira e Guaporé. Chegaram até terras do Extremo Sul do Uruguai. Eram povos agricultores, formavam suas roças em clareiras na mata. Os Guaranis ocupavam praticamente todas as Bacias Hidrográficas da vasta área que ocupavam. Esta cultura ainda existe nos dias atuais, porém seus usos e costumes foram modificados com o contato da cultura do homem branco.


















Formação de professores indígenas no Estado do Paraná

         Em 2004 a Coordenação de Educação Escolar Indígena integrou o  departamento de Ensino        Fundamental  em conjunto com os coordenações do Ensino Fundamental Educação Infantil e do  Campo, priorizando o mapeamento das realidades pedagógicos das escolas indígenas da Paraná objetivando estruturar um banco de dados refluente a modalidade de Ensino.

         Após analise de dados referente a consultas às comunidades indígenas do Paraná concluiu-se que a formação inicial dos professores indígenas e condição primeira para a implantação e implementação e politica publica para o desenvolvimento Escolar Indígena com qualidade e responsabilidade.

         A resolução secretarial N°802/2005, constituiu uma comissão de trabalho interdepartamental para elaborar propostas para Educação Indígena.

         Uma para formação e professores Kaigangues e Guaranis com ensino fundamental concluído na modalidade bilíngue.

         Esta formação deveria estar repostada as orientações do MEC e baseada em experiências de sucesso de outros estados.

         Em 2005 a Comissão de Trabalho encaminhou as propostas curriculares elaboradas, as referidas propostas foram submetidas à discussão e em seguidas foram unanimemente aprovadas e com Parecer Favorável do Conselho Estadual da Educação.

         Em 31/03/2006, em Curitiba foi realizada a reunião técnica com a participação de caciques de todas as aldeias Kaigang no Paraná, durante esta reunião os indígenas puderam expressar suas duvidas e suas preocupações, os quais foram contemplados pelo Representante da Coordenação Geral da FUNAI, Coordenação da Educação Escolar Indígena.

         A primeira etapa do curso foi presencial e intensivo com conteúdo relevante para a Cultura Indígena sendo acompanhado pelas equipes pedagógicas dos Núcleos Regionais de Educação e por caciques e liderança indígena o que possibilitou o entrosamento entre essas varias instituições

         A duração do curso será de cinco etapas presenciais alternadamente em dois anos. Perfazendo em dezoito horas, elogiando a hospedagem, alimentação e material escolar são custeadas pelo Governo do Estado do Paraná.

         O “Protocolo Guarani” trata-se do protocolo de intenção entre o MEC/ SEDAC, FUNAI dos Estados do Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, respeitando a territorialidade Guarani.

Arte e artesanato Kaigang e Guarani no Paraná.

         Fazer arte em grupos indígenas incluiu objetos de uso cotidiano, como: cestas, peneiras, que podem traduzir riquezas estilísticas e expressar um conteúdo simbólico produzido pelas famílias.

         Supõe-se que o território paranaense era habitado entre 12 a 15 mil anos atrás por esses caçadores e coletores. Esse primeiros habitantes eram nômades.

         As pinturas rupestres indicam a ocupação entre 4 a 10 mil anos. Os desenhos rupestres representavam cenas do cotidiano e algumas figuras eram geométricas, outras representavam seres humanos e animais, pintados em cores marrons e vermelhas.

         Os primeiros povos agricultores e ceramistas chegaram no Paraná a cerca de 4 mil anos, constituíam trono linguístico JÊ.

         Delimitavam o território, enterravam seus mortos em estruturas subterrâneas, outros cremavam, porem faziam cemitérios em abrigos rochosos onde realizavam pinturas e gravuras.

         Os ancestrais dos JÊS eram ceramistas, a confecção de vasilhames era feita pela técnica de moldagem. Havia artesanato em pedra polida ou lascada.

         Os vasilhames em cerâmicas eram utilizados como urnas funerárias.

         A arte também era representada em pinturas corporais.

         Arte Indígena na atualidade – pagina 26.

         No estado do Paraná existem atualmente quatro grupos indígenas: Kaigang, Guarani, Xokleng e Xetá, distribuídas em dezenove terras indígenas, com economia baseada na agricultura, a complementação vem do artesanato de cestaria e escultura de madeira. A arte Indígena e uma forma de comunicação simbólica e representa a riqueza dos povos originários.

         Contem a minoria social e o mesmo tempo é a reconstrução mítica.

 Os Kaigangues constituem uma sociedade dualista, com duas metades: KAMÉ e KAÍRU, divididos subgrupos relacionados a mitologia que define o papel social do individuo no clã.

         O contato com o europeu modificou alguns costumes incorporando nas armas o uso do metal e no corpo as vestimentas.

         Além de tecerem as cestarias, também teciam com fibras de plantas como a urtiga brava, para os quais coloriam com resinas de casca de árvores como araucária.

         Os Guaranis pertencem à família linguística TUPI-GUARANI. A religião são a base da resistência cultural guarani.   

         As pinturas corporais foram substituídas por vestimentas introduzidas pelos europeus.

         O processo de aculturamento homens e mulheres trabalhavam como empregados domésticos e outras funções de baixa remuneração.

         Atualmente produzem artesanatos com penas coloridas, utilizam o porongo, a embira as quais comercializam na base das BRs.

         O artesanato indígena e uma forma de continuidade da reprodução de motivos decorativos tradicionais.

ETNOMATEMATICA E AÇÃO PEDAGÓGICA

         Roseli de Alvarenga autora do texto etnomatematico coloca-o através dos trabalhos de formação de professores Indígenas na aula social de diretrizes pedagógicas, defende que professores e alunos possam desenvolver atitudes diversas dos quais possam ampliar seus conhecimentos, tornando o ensino convencional e prazeroso.

         A proposta pedagógica da etnomatematica e fazer do ensino da matemática algo vivo, lidando com situações reais no tempo e no espaço. Para quando o professor possa resgatar o reconhecimento do seu trabalho por parte da sociedade defende que isso só pode ser feito numa formação continuada, onde o mesmo esteja aberto e flexível para novos conhecimentos das diversas culturas.

Construindo a proposta alguns princípios norteados

         A educação matemática na formação dos professores devem incentivar os futuros professores a desenvolver uma atitude investigativa frente ao conhecimento e a realidade, estes sendo mediadores das diversas culturas. Conhecendo a cultura do outro, situando-se numa perspectiva critica frente a esse conhecimento, procurando entende-la no seu contexto social.

         A autora teve consideração que os povos indígenas já tinham os conceitos matemáticos, e que este conhecimento era passado de geração a geração. Na formação de professores Indígena da etnomatematica, o professor deve respeitar a realidade de cada um sendo que o conhecimento já adquirido de pai para filho deve ser paralelo com o saber cientifico.

         A etnomtematica como disciplina nos cursos de licenciatura em matemática.

         Em outro trabalho de campo a autora relata que entrevistou pessoas com baixa escolaridade, mas que mostraram que usam a matemática como uma ferramenta de sobrevivência, e um saber real com base na escolaridade e na necessidade das pessoas, esta pesquisa nos mostra que no ensinamento da matemática devemos sempre aproximar a prática pedagógica à realidade do educando.

Astronomia Indígena

         A observação do céu sempre esteve na base do conhecimento de todas as sociedades do passado, submetidas em conjunto ao desdobramento cíclico de fenômenos celestes como o dia e a noite, fases da lua e estação do ano.

         Os grupos indígenas desiguais entre si tiveram em comum a necessidade de sistematizar o acesso a um rico e variado ecossistema, sendo necessário para isso conhecer a época apropriada para cada uma das atividades de subsistência, através da leitura do céu.

         A visão indígena do universo refere as praticas e representação mantidas e desenvolvidas por povos com longo tempo de interação como ambiente em que vivem ele constrói esse conhecimento a partir da assinatura, e da reflexão simbólica que cada vegetal ou animal representa e esse conhecimento acumulado e transmitido de geração para geração.

Observatório de Rochas e Arte Rupestre

         Diversas pesquisas, inúmeras localidades do mundo comprovaram a efetivar orientações astronômicas de estruturas megalíticas.

         Na região Sul do Paraná foram encontrados vestígios de construção de um complexo relógio solar em monólito que marcava a direção do nascer do sol e do pôr do sol, complexo por que exclusivamente apontava os pontos cardeais.

         Pinturas rupestres mais se indicam que o povo que ali vivia fazia referencias à astronomia com desenho semelhante a uma caneta que possui núcleo, cabeleira e cauda. Outras gravuras reproduzem o sol e a lua e até mesmo as constelações, supõe-se que esse painel registra a passagem de um grande cometa observado pelos indígenas brasileiros muito tempo antes da chegada dos europeus.

Astronomia e Biodiversidade

         Um dos objetivos práticos da astronomia foi sua utilização na agricultura. Os indígenas são profundos conhecedores do seu ambiente cada elemento da natureza tem seu espirito protetor. Observavam a passagem do tempo pelo movimento dos corpos celestes.

         A comunidade cientifica conhece muito pouco da astronomia indígena. Este patrimônio pode se perder rapidamente devido o processo de globalização que tende homogeneizar as culturas sem perder a diversidade.

Os Guaranis e a memoria oral: a canoa do tempo

         Introdução: o artigo destaca a impureza das fontes orais e da memoria oral para elaboração das histórias do povo indígena, se a comunidade cientifica brasileira e o povo em geral tivesse conhecimento da cultura indígena e dos significados dos acidentes geográficos que tem seu nome na língua indígena, muitos acidentes poderiam ser evitados. Até mesmo a intoxicação das plantas.



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terça-feira, 20 de setembro de 2011

ARTE E ARTESANATO KAIGANG E GUARANI NO PARANÁ.

ARTE E ARTESANATO KAIGANG E GUARANI NO PARANÁ.

Entre 12.000 e 15.000 anos atrás, era ocupado, por povos caçadores-coletores. Parte das pinturas e gravuras rupestres encontradas no Paraná, principalmente a um período entre 4.000 e 10.000 anos passados, mas a arte rupestre continuou a ser executada até cerca de 300 anos atrás. Os primeiros povos agricultores e ceramistas chegaram ao Paraná há 4.000 anos, ao longo do tempo dispersaram-se por todo território paranaense, sendo ancestrais de índios da família lingüística jê, representados atualmente pelos kaigangs e xokleng. Há 2.000 anos aparecem, em território paranaense, os ancestrais dos índios Tupi Guarani. A cerâmica característica guarani era decorada com pinturas geométricas, vermelhas. pretas e branco. Pintavam o corpo com motivos geométricos, teciam vestimentas em algodão, redes e cestaria utilizando padrões similares.

A arte indígena na atualidade.
            No Estado do Paraná existem atualmente quatro tipos indígenas; Kaigang, Guarani, Xokleng e Xetá. A arte indígena é uma forma de comunicação através de símbolos das sociedades nativas, em que se consegue manter a diversidade cultural através do tempo. Depois do contato com os europeus houve uma gradual transformação na cultura material, incorporando características dos colonizadores luso-brasileiros e europeus. Atualmente, os Kaigang fazem cestos, alguns grandes, como os cargueiros, com tramas e padrões decorativos que caracterizam a identidade grupal.  As flautas, praticamente não são produzidas, enquanto os chocalhos agora são produzidos e vendidos em grande quantidade assim como algumas miniaturas de armas: arco e flechas. Os adornos em plumaria e a pintura corporal, acabaram ao longo do tempo, sendo substituídos pelos trajes dos colonos luso-brasileiros. Os recipientes de cerâmica foram substituídos por outros de ferro. O artesanato indígena é uma forma de continuidade da reprodução de motivos decorativos tradicionais, em cestas e trançados, que representam figuras e elementos mitológicos Guarani e Kaigang, fundamentais na afirmação da identidade cultural desses grupos.

 FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS NO ESTADO DO PARANÁ: BREVE HISTÓRICO.
            Com relação a formação dos professores indígenas no Paraná, a SEED juntamente com vários órgãos e entidades relacionadas a cultura indígena, desenvolveram atividades no intuito de capacitar esses profissionais desde 2004, entre elas a elaboração de duas propostas curriculares:
-uma para formação de professor Kaigang que já havia concluído o Ensino Médio;
-outra para formação de professor Guarani e Kaigang na modalidade Normal Bilingue.
            Destaca-se entre as inovações a utilização, como base na formação dos professores o Protocolo Guarani de 2003, cuja inovação diz respeito a territorialidade Guarani. Ainda são muitos os desafios a serem vencidos, desde questões pedagógicas, administrativas, de especificidade culturais e lingüísticas, a fim de construir uma educação escolar indígena de fato específica, diferenciada, intercultural e bilíngüe.

Educadores:ADRIANA ARAUJO, JANETE , NILCE, ALCEU, NOELI, JOCELAINE