quarta-feira, 1 de junho de 2011

DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

Texto: Susana Martelletti Grillo Guimarães-


Educação Indígena remete a dois amplos campos de estudos sociopolíticos e educacionais, sendo que no sistema educacional deve se pensar numa educação com direitos e respeitos , as diferenças culturais.
A Constituição de 1988, dispõe que são direitos constitucionais dos povos indígenas: o reconhecimento e a garantia de seus territórios, sua organização social e a produção sociocultural, o ensino ministrado nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem.
Acreditava-se que o povo indígena com toda sua cultura fosse acabar, sendo suplantada pela cultura dominante, neste sentido se fez necessário reverter esse quadro, possibilitando que o índio resgate sua cultura e não seja visto como um povo do passado, com identidade e costume superados.
Em meados de 1970, os povos indígenas com apoio da sociedade civil se organizaram para defender seus diretos,que culminou com a Constituição de 1988, promovendo a afirmação das identidades étnicas, a recuperação das memórias históricas, a valorização das línguas e a ciência dos povos indígenas e ainda o acesso aos conhecimentos tecnológicos.
Os povos indígenas tem legalmente uma organização que se fundamenta de Maneira diferenciada, no entanto quando alunos indígenas, são colocados em uma escola não indígena, ocorrem conflitos, porque muitas das ideias referentes a cultura dominante permanecem, gerando insatisfações.
A escola deve socializar os saberes de forma contextualizada, valorizando as diferentes culturas, mas deve garantir o acesso ao conhecimento e de tecnologias da sociedade.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) deve contemplar ações pedagógicas que resgatem toda a cultura indígena no que tange as lutas, conquistas, linguagens, artes, hábitos alimentares, entre outros costumes. Proporcionando respostas aos objetivos pretendidos em relação a escola, de acordo com as especificidades e perspectivas de cada povo.
A Educação Indígena traz novos sentidos e funções, os quais devem construir uma escola que contribua com o desenvolvimento social por meio de criticas e conhecimentos de problemas.
Em 1970 houve programas bilíngues que foram substituindo gradativamente a língua materna pela Língua Portuguesa, dando um contraste com as necessidades vigentes. Deve-se ter em mente que os direitos linguísticos pensados nas escolas devem ter por base o fortalecimento da própria língua indígena. Assim os monitores observando essa necessidade de valorização linguística, passaram a trabalhar seu plano de aula em prol da comunicação por meio da língua indígena,promovendo o seu resgate.
É preciso que se crie uma política que permita a participação dos povos indígenas nas tomadas de decisões, para que assim as comunidades indígenas criem expectativas com relação a escola.

Cursistas:Ivonete, Nilce, Kátia ,Alceu e Adriane.

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