segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Violência contra mulher: um problema de saúde publica

     A violência contra mulher assume diferentes formas, que perpassa pelo social domestico financeiro, sexual e moral. Essa violência esta presente em todas as idades e classes sociais.
     Nestas considerações priorizamos a violência sexual e a redução da mulher no espaço doméstico.
     Historicamente a mulher sempre esteve sujeita autoridade masculina no espaço domestico, espaço este inacessível pelo estado.
     Para romper esta barreira os movimentos feministas foram e são de suave importância.
     O Estado Brasileiro deu o primeiro passo aos direitos específicos das mulheres. Tendo em vista que os dados levantados em pesquisas são alarmantes, o que impossibilita o silencio da sociedade.
     A violência sexual segundo a lei Maria da Penha compreende qualquer conduta a constranger a mulher a participar da relação sexual não desejada e outras violências.
     Romper a barreira do machismo e admitir que o espaço doméstico estava muitas vezes impregnados de múltiplas violências contra mulher foi uma conquista do movimento feminista na década de 60 e 70.
     Além da violência contra mulher existem outros tipos de violência no espaço domestico sendo eles contra criança e o adolescente indiferentemente do sexo.  O que nos faz pensar que isto ocorre com tanta frequência devido à desestruturação familiar. Afetada muitas vezes pelos fatores econômicos
Violência sexual e aborto legal
No Brasil, o aborto é legalizado em apenas duas situações:
-Quando a mãe corre risco de morte.
-Ou em casos de gravidez por estupro.
     No primeiro caso a legislação vem a priorizar a vida da mulher em detrimento a vida do feto.
     No segundo caso. Cabe a mulher fazer a opção. Porém, ela deve não se omitir em buscar ajuda quando for vitimizada da violência sexual, pois além da gravidez esta sujeita a contrair doenças sexualmente transmissíveis inclusive o HIV que pode ser prevenido se assistida imediatamente após a violência.
Situação no Paraná
     Este amparo legal das vitimas de violência no estado do Paraná tem-se dado pelas redes integradas, apoiado pelo comitê gestor interinstitucional. Que estabeleceu as competências dos entes que acompanham sem perder de vista o lado humano evitando peregrinação e constrangimento da vitima na busca de seus direitos e ainda evitando a perda das provas periciais.
     A politica de enfrentamento a violência contra a mulher não deve ficar apenas no institucional cabendo também as instituições não governamentais que podem fazer um trabalho de orientação e resgatando a auto estima da vitima.
     Pela implantação destes serviços constata-se que os casos são alarmantes porem e só uma constatação devido o encorajamento da denuncia.
     Foi criado em Curitiba pioneira do primeiro juizado especial de violência doméstica contra mulher, conhecendo medidas protetivas de urgência para as mulheres em situação de violência.


    



    


Encarar o desafio da educação sexual na escola

         Como trabalhar a educação sexual na escola? E quais conteúdos serão inseridos a educação sexual.
         Trabalhar a educação sexual só quando necessária, diante de entrevei-o ocorridas na sala de aula ou trabalhar explicar todo processo da sexualidade organizada dentro de um contexto, onde os educandos possam expor seu ponto de vista, questionar duvida.
         Pois os educandos sentem a necessidade de conhecer e falar sobre sexualidade.
         Na metade do século XX foi e está sendo determinante na discussão e na inclusão da educação sexual nos âmbitos sociais e educacionais.
         Surgindo a temática sexualidade em politicas publicas de educação.

Educação Sexual com Orientação Sexual
A expressão orientação sexual tornou-se oficial e  institucionalizada com os   PCNS no ano de 1997.
         A popularização do termo orientação por educadores e instituições publica, descartando a expressão Educação Sexual, e o abandono do aspecto.
         E a mudança da educação para orientação explicitou a força politica do grupo de trabalho e pesquisa em orientação sexual(GTPOS), possibilitando a dispersão do termo nacionalmente e aceitação escolar sem qualquer resistência, reflexão ou questionamento.
         Essa expressão está sendo utilizada para definir e caracterizar o trabalho pedagógico e escolar de discussão da sexualidade.
         A substituição do termo desvincula o enfoque reprodutivo, biológico, medico e normativo da educação sexual sendo que Orientação Sexual propõe a fornecer informações sobre a sexualidade e a organizar um espaço de reflexões e questionamento na área de sexualidade em escolar e a Educação Sexual passaria a ter o mesmo propósito só que fora da escola, o que as distingue e é o local do processo de informações e reflexões.

Princípios para uma Educação Sexual na Escola
                  Esse princípio objetiva a incomodar aqueles que desenvolvem uma Educação Sexual na escola.

1-    Educação Sexual deve começar na infância e fazer parte do currículo escolar objetivando a formação da criação do jovem.

2-    As manifestações da sexualidade não só como objetivo da reprodução e sim da sexualidade, descoberta corporal, ou seja, o auto conhecimento.

3-    Descoberta sexual é a expressão da sexualidade.

4-    Não deve existir qualquer segregação de gênero no conhecimento apresentados a meninos e meninas, sendo a socialização do conhecimento democraticamente.

5-    Compartilhar brinquedos sem levar em consideração de o gênero.

6-    A linguagem na educação sexual deve contemplar o conhecimento cientifico tanto quanto ao conhecimento popular.

7-    Dentro do contexto atual há muitas formas de expressar a sexualidade e do gênero.

8-    A Educação Sexual pode discutir valores.





Os senhores da memória

         Sem a memoria coletiva os homens não podem sobreviver, ela orienta o destino dos povos, para resgatar essa memoria e preciso ouvir relatos dos mais velhos e associar com documentos escritos.
         Relatos indígenas demonstram a sua relação com a natureza e o profundo respeito que tem por ela considerando todos os seres vivos do reino animal, vegetal e mineral, seus parentes ou seres sagrados.
         Esses conhecimentos sempre foram transmitidos oralmente, a experiência de cada povo era armazenada na memoria humana. Símbolos e desenhos também são significativos para contar sua historia.

A tradição oral
         A tradição oral e como se fosse uma autobiografia das tribos. A comunidade cientifica reconhece o valor da tradição oral como um elemento de transmissão de conhecimento.
         A pesquisa que incorporavam a tradição oral como fonte desmitifica que as culturas ágrafas não tinham história, pois, a escrita é apenas a fotografia do saber, mas, não é o saber em si.

A canoa do tempo
A ignorância e o despreparo e até mesmo o desprezo mantidas em relação às línguas e culturas indígenas tem impedido que a atual sociedade brasileira aprenda com o saber indígena.
O desaparecimento nos últimos 500 anos de mais de mil línguas indígenas no brasil significou a queima de arquivo, um apagamento da memória.
Existe ainda saberes armazenados na memoria que continua circulando dos mais velhos para os mais novos através da tradição oral. Os desconhecimentos dessas línguas perdidas nos fazem perder também a riqueza da diversidade cultural. Para sair do tempo presente para o passado necessitamos da língua. A língua pode ser considerada como um veículo que nos desloca de um lado para o outro. As comunidades indígenas da Amazona se locomovem com a canoa. Assim pode-se considerar que a língua e a canoa do tempo.

Os Kaigangues no Paraná: aspectos históricos e culturais
         Vale a pena ressaltar nesse artigo o que pesquisadores e educadores vêm apontando a necessidade de uma revisão dos livros didáticos contaminados pela ideologia e etnocêntrica e racista.
         Algumas características da sociedade Kaigang é uma das maiores etnias do país em divulgar informações cientificas sobre cultura desse povo pode contribuir, para romper com discriminação e preconceito social.
         No Paraná a conquista dos campos gerais pelo governo imperial em 1970 onde, entraram em contato com os Kaigangues que estavam estabelecidos nas principais bacias do Paraná, esta conquista foi lenta durando até cem anos, quando o principal grupo concordou em entregar as arma, foram encaminhados para os aldeamentos. Apesar da resistência desse povo a cultura e a dominação básica prevaleceram, sendo que os Kaigangues foram obrigados a se estabelecerem em mais de 30 terras indígenas que fica sem a quem dá necessidade desses grupos sendo estes reduzidos a mero trabalhador nacional.
         A diminuição do território dos Kaigangues o extrativismo predatório praticado pelos brancos que avançaram no século XX. Trouxe como consequência para os Kaigangues a dependência de politicas publicas.
         Para os índios a terra a é mais que meio de subsistência. Ela é o suporte da vida social. O seu território (Kaigang) é o espaço onde habitam os espirito de seus ancestrais e outros seres sobrenaturais. È onde estão enterrados os mortos e onde os vivos tem seus umbigos enterrados.
         Os casamentos, produzem na sociedade Kaigang o entrelaçamento entre parentesco e política, através de regras de direito e obrigação que constituem a rede de sociabilidade das famílias envolvidas onde o poder político Kaigang está estruturado na figura do Cacique e sua liderança.
                Atualidade a preocupação com as sociedades indígenas, por parte do governo está pontuada na educação intercultural; da saúde indígena, como programas para erradicação do alcoolismo, alternativas econômicas entre outros nos conselho indigenistas os caingangues são parceiros dos guaranis, xoklengs e xetás, tendo em vista que tais problemas são comuns a todos.

Populações indígenas

População Xetá
Constituiu um grupo menor. Ocuparam uma área também menor, não deixaram vestígios significativos para serem estudados, porem nos dias atuais existem renascentes dessa cultura, que em grande parte se miscigenou com outras culturas dessa região.
População Kaigang
Os Kaigangues ocuparam a região Centro Sul do país e os estudos arqueológicos indicam que entravam em contato com os guaranis  que em grupos maiores que podiam ter empurrado os Kaigangues mais para o Sul. Os Kaigangues também são povos coletores e caçadores, mas há indícios de que também praticavam a agricultura em roças e coivara.Deste povo existem aldeias onde são tutelados pelo estado e sua cultura ainda é preservada porém o contato com o homem branco forçou sua cultura.
Tradição Xokleng
      Denomina e a língua. Não se conhece muito sobre seus ascendentes históricos. Eram ceramistas, construíam suas casas em frestas de rochas ou semi-subterrâneas. Esta cultura contemporânea dos Kaigangues.
Diretrizes da Educação Escolar Indígena
         Refletir sobre as diretrizes da educação escolar indígena nos remete para 2 campos: SOCIOPOLÍTICOS e EDUCACIONAIS.
É preciso reconhecer o valor das sociodiversidades culturais e as praticas pedagógicas devem estar voltadas para a diversidade sociocultural indígena e suas relações com a educação escolar.
A Constituição de 1988 colocou as culturas indígenas sob novas bases.
São direitos constitucionais dos povos indígenas: a reconhecê-la e a garantia de seus territórios, de suas formas de organização social e de sua população sociocultural, o ensino ministrados nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem.
É preciso um olhar diferenciado para a situação do índio hoje.
Obviamente que não e mais possível pela questão agraria que estes desenvolveram sua cultura como à centenas de anos atrás, porém a convivência com o homem branco não lhe tira a questão cultural. É preciso desconstruir o discurso de que os índios que convivem com os brancos não são mais índios.
         A partir dos anos 70, os próprios índios se organizavam em movimentos reivindicatórios de seus direitos e apoiados pela sociedade civil que reconhece os direitos territoriais, políticos e culturais dos povos indígenas, o que tem ressonância no Congresso.
         Quando reconhecemos os direitos Constitucionais de povos indígenas suplica em dizer que os povos indígenas são portadores de direitos conforme sua cidadania.
O que é notado da politica da educação indígena deve ser:
A interculturalidade: a nova escola indígena propõe ser um espaço intercultural de reconhecimento da diversidade de saber dos povos indígenas, resgatando os valores pela tradição oral, ouvindo as pessoas mais velhas e revitalizando práticas de rituais.
Os professores de comunidades indígenas podem construir seus conteúdos juntamente com os costumes incentivando a brusca e o resgate das culturas indígenas. Pode ser construída também coletivamente às realidades e perspectivas da cada povo.
A escola indígena passa a ser um meio de dar dimensões mais amplas da vida social à partir de interesses de cada sociedade indígena. Para tanto se faz necessário propor uma mudança do ensino tradicional para o ensino bilíngue o qual ensina a língua indígena para (não sei a palavra: enraçar?) e o saber cientifico sem perder de vista a cultura de cada povo. Estes saberes devem levar em conta os interesses e necessidades de cada povo.
 A educação escolar indígena e uma inovação na educação brasileira e sua implementação como politica de garantia de direitos, exige a formulação de políticos, programas e ações específicos e o exercício de uma gestão flexível e conhecedora das peculiaridades de cada povo indígena.
Os representantes indígenas devem ter um espaço significativos na construção.
Formação de professores indígenas no estado do Paraná: breve histórico: ( 16 e 17/06)

Educação Escolar Indígena

Educação Escolar Indígena

Introdução
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná preocupada com a cultura indígena criou nas escolas publicas uma proposta para a  educação indígena sendo criada 29 escolas indígenas em 18 municípios que atendem as etnias Kaingangues, Guaranis, Xokleng e Xetá. Porém, o maior desafio é preparar um material pedagógico que respeite a diversidade cultural e ao mesmo tempo em que sejam respeitada as particularidades dessas etnias.
Um dos materiais pedagógicos é o Caderno Temático Educacional Escolar Indígena o qual busca a interculturalidade, o atendimento e o entendimento da pluriculturalidade cultural.

As populações Indígenas do Paraná (pág. 13)
As primeiras populações indígenas no Paraná: os caçadores e coletores pré-históricos

O território que hoje compreende o PR foi habitado por grupos humanos de caçadores e coletores que formavam pequenos grupos seminômades. Porém a questão é quanto ao tempo que estes grupos chegaram em nosso território. Não há unanimidade entre os pesquisadores, alguns acreditam que seja em torno de 8.000 anos, outros, no entanto defendem a tese de que estes grupos humanos tenham chego nessa região à aproximadamente 12 mil anos. Teriam eles feito os mesmos caminhos que outros grupos que habitaram o Norte do Brasil, isto é, podem ter passado pelo Estreito de Bering ou pelo Oceano Pacífico em sucessivas levas e em diferentes momentos históricos.
       Esta tese é a mais aceita devido aos vestígios encontrados que datam desse período. No norte do Brasil foi encontrado um crânio feminino que data desse período e os cientistas a batizaram de Luzia.

Tradição Humanista
       Os pesquisadores após analisarem os vestígios líticos deixados por este grupo tecem considerações sobre o seu modo de viver. Tais estudos levam a crer que formavam grupos seminômades, com deslocamentos sazonais. Eram caçadores e coletores. Seus vestígios são restritos porque seus utensílios e adereços e ate mesmo armas eram fabricadas com matérias não permanentes. Este povo extinguiu-se não deixando descendentes.

Tradição Umbu
      Estudos arqueológicos consideram que este povo tenha ocupado a região sul da América entres 10 e 1.000 anos A.C, e também extintos e não deixaram descendentes da sua cultura.

                                                Tradição Sambaqui      
Os povos dos Sambaquis ocupavam o litoral Sul do Brasil, porém foram encontrados vestígios de sua presença até o litoral da Bahia. Este povo alimentava-se basicamente de frutos do mar e construíram montanhas com até 8 metros de altura e 300 metros de extensão com restos de conchas, caramujos, ossos humanos, restos de cozinha nos quais depositavam adornos e armas. Não eram ceramistas, porem os vestígios dos Sambaquis são um material rico de informações e ao mesmo tempo muito intrigante.

As populações indígenas históricas
População Guarani
A população Guarani designa a língua e o povo ao mesmo tempo. Ocupavam o Centro Sul do Paraná vindo possivelmente das proximidades dos Rios Madeira e Guaporé. Chegaram até terras do Extremo Sul do Uruguai. Eram povos agricultores, formavam suas roças em clareiras na mata. Os Guaranis ocupavam praticamente todas as Bacias Hidrográficas da vasta área que ocupavam. Esta cultura ainda existe nos dias atuais, porém seus usos e costumes foram modificados com o contato da cultura do homem branco.


















Formação de professores indígenas no Estado do Paraná

         Em 2004 a Coordenação de Educação Escolar Indígena integrou o  departamento de Ensino        Fundamental  em conjunto com os coordenações do Ensino Fundamental Educação Infantil e do  Campo, priorizando o mapeamento das realidades pedagógicos das escolas indígenas da Paraná objetivando estruturar um banco de dados refluente a modalidade de Ensino.

         Após analise de dados referente a consultas às comunidades indígenas do Paraná concluiu-se que a formação inicial dos professores indígenas e condição primeira para a implantação e implementação e politica publica para o desenvolvimento Escolar Indígena com qualidade e responsabilidade.

         A resolução secretarial N°802/2005, constituiu uma comissão de trabalho interdepartamental para elaborar propostas para Educação Indígena.

         Uma para formação e professores Kaigangues e Guaranis com ensino fundamental concluído na modalidade bilíngue.

         Esta formação deveria estar repostada as orientações do MEC e baseada em experiências de sucesso de outros estados.

         Em 2005 a Comissão de Trabalho encaminhou as propostas curriculares elaboradas, as referidas propostas foram submetidas à discussão e em seguidas foram unanimemente aprovadas e com Parecer Favorável do Conselho Estadual da Educação.

         Em 31/03/2006, em Curitiba foi realizada a reunião técnica com a participação de caciques de todas as aldeias Kaigang no Paraná, durante esta reunião os indígenas puderam expressar suas duvidas e suas preocupações, os quais foram contemplados pelo Representante da Coordenação Geral da FUNAI, Coordenação da Educação Escolar Indígena.

         A primeira etapa do curso foi presencial e intensivo com conteúdo relevante para a Cultura Indígena sendo acompanhado pelas equipes pedagógicas dos Núcleos Regionais de Educação e por caciques e liderança indígena o que possibilitou o entrosamento entre essas varias instituições

         A duração do curso será de cinco etapas presenciais alternadamente em dois anos. Perfazendo em dezoito horas, elogiando a hospedagem, alimentação e material escolar são custeadas pelo Governo do Estado do Paraná.

         O “Protocolo Guarani” trata-se do protocolo de intenção entre o MEC/ SEDAC, FUNAI dos Estados do Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, respeitando a territorialidade Guarani.

Arte e artesanato Kaigang e Guarani no Paraná.

         Fazer arte em grupos indígenas incluiu objetos de uso cotidiano, como: cestas, peneiras, que podem traduzir riquezas estilísticas e expressar um conteúdo simbólico produzido pelas famílias.

         Supõe-se que o território paranaense era habitado entre 12 a 15 mil anos atrás por esses caçadores e coletores. Esse primeiros habitantes eram nômades.

         As pinturas rupestres indicam a ocupação entre 4 a 10 mil anos. Os desenhos rupestres representavam cenas do cotidiano e algumas figuras eram geométricas, outras representavam seres humanos e animais, pintados em cores marrons e vermelhas.

         Os primeiros povos agricultores e ceramistas chegaram no Paraná a cerca de 4 mil anos, constituíam trono linguístico JÊ.

         Delimitavam o território, enterravam seus mortos em estruturas subterrâneas, outros cremavam, porem faziam cemitérios em abrigos rochosos onde realizavam pinturas e gravuras.

         Os ancestrais dos JÊS eram ceramistas, a confecção de vasilhames era feita pela técnica de moldagem. Havia artesanato em pedra polida ou lascada.

         Os vasilhames em cerâmicas eram utilizados como urnas funerárias.

         A arte também era representada em pinturas corporais.

         Arte Indígena na atualidade – pagina 26.

         No estado do Paraná existem atualmente quatro grupos indígenas: Kaigang, Guarani, Xokleng e Xetá, distribuídas em dezenove terras indígenas, com economia baseada na agricultura, a complementação vem do artesanato de cestaria e escultura de madeira. A arte Indígena e uma forma de comunicação simbólica e representa a riqueza dos povos originários.

         Contem a minoria social e o mesmo tempo é a reconstrução mítica.

 Os Kaigangues constituem uma sociedade dualista, com duas metades: KAMÉ e KAÍRU, divididos subgrupos relacionados a mitologia que define o papel social do individuo no clã.

         O contato com o europeu modificou alguns costumes incorporando nas armas o uso do metal e no corpo as vestimentas.

         Além de tecerem as cestarias, também teciam com fibras de plantas como a urtiga brava, para os quais coloriam com resinas de casca de árvores como araucária.

         Os Guaranis pertencem à família linguística TUPI-GUARANI. A religião são a base da resistência cultural guarani.   

         As pinturas corporais foram substituídas por vestimentas introduzidas pelos europeus.

         O processo de aculturamento homens e mulheres trabalhavam como empregados domésticos e outras funções de baixa remuneração.

         Atualmente produzem artesanatos com penas coloridas, utilizam o porongo, a embira as quais comercializam na base das BRs.

         O artesanato indígena e uma forma de continuidade da reprodução de motivos decorativos tradicionais.

ETNOMATEMATICA E AÇÃO PEDAGÓGICA

         Roseli de Alvarenga autora do texto etnomatematico coloca-o através dos trabalhos de formação de professores Indígenas na aula social de diretrizes pedagógicas, defende que professores e alunos possam desenvolver atitudes diversas dos quais possam ampliar seus conhecimentos, tornando o ensino convencional e prazeroso.

         A proposta pedagógica da etnomatematica e fazer do ensino da matemática algo vivo, lidando com situações reais no tempo e no espaço. Para quando o professor possa resgatar o reconhecimento do seu trabalho por parte da sociedade defende que isso só pode ser feito numa formação continuada, onde o mesmo esteja aberto e flexível para novos conhecimentos das diversas culturas.

Construindo a proposta alguns princípios norteados

         A educação matemática na formação dos professores devem incentivar os futuros professores a desenvolver uma atitude investigativa frente ao conhecimento e a realidade, estes sendo mediadores das diversas culturas. Conhecendo a cultura do outro, situando-se numa perspectiva critica frente a esse conhecimento, procurando entende-la no seu contexto social.

         A autora teve consideração que os povos indígenas já tinham os conceitos matemáticos, e que este conhecimento era passado de geração a geração. Na formação de professores Indígena da etnomatematica, o professor deve respeitar a realidade de cada um sendo que o conhecimento já adquirido de pai para filho deve ser paralelo com o saber cientifico.

         A etnomtematica como disciplina nos cursos de licenciatura em matemática.

         Em outro trabalho de campo a autora relata que entrevistou pessoas com baixa escolaridade, mas que mostraram que usam a matemática como uma ferramenta de sobrevivência, e um saber real com base na escolaridade e na necessidade das pessoas, esta pesquisa nos mostra que no ensinamento da matemática devemos sempre aproximar a prática pedagógica à realidade do educando.

Astronomia Indígena

         A observação do céu sempre esteve na base do conhecimento de todas as sociedades do passado, submetidas em conjunto ao desdobramento cíclico de fenômenos celestes como o dia e a noite, fases da lua e estação do ano.

         Os grupos indígenas desiguais entre si tiveram em comum a necessidade de sistematizar o acesso a um rico e variado ecossistema, sendo necessário para isso conhecer a época apropriada para cada uma das atividades de subsistência, através da leitura do céu.

         A visão indígena do universo refere as praticas e representação mantidas e desenvolvidas por povos com longo tempo de interação como ambiente em que vivem ele constrói esse conhecimento a partir da assinatura, e da reflexão simbólica que cada vegetal ou animal representa e esse conhecimento acumulado e transmitido de geração para geração.

Observatório de Rochas e Arte Rupestre

         Diversas pesquisas, inúmeras localidades do mundo comprovaram a efetivar orientações astronômicas de estruturas megalíticas.

         Na região Sul do Paraná foram encontrados vestígios de construção de um complexo relógio solar em monólito que marcava a direção do nascer do sol e do pôr do sol, complexo por que exclusivamente apontava os pontos cardeais.

         Pinturas rupestres mais se indicam que o povo que ali vivia fazia referencias à astronomia com desenho semelhante a uma caneta que possui núcleo, cabeleira e cauda. Outras gravuras reproduzem o sol e a lua e até mesmo as constelações, supõe-se que esse painel registra a passagem de um grande cometa observado pelos indígenas brasileiros muito tempo antes da chegada dos europeus.

Astronomia e Biodiversidade

         Um dos objetivos práticos da astronomia foi sua utilização na agricultura. Os indígenas são profundos conhecedores do seu ambiente cada elemento da natureza tem seu espirito protetor. Observavam a passagem do tempo pelo movimento dos corpos celestes.

         A comunidade cientifica conhece muito pouco da astronomia indígena. Este patrimônio pode se perder rapidamente devido o processo de globalização que tende homogeneizar as culturas sem perder a diversidade.

Os Guaranis e a memoria oral: a canoa do tempo

         Introdução: o artigo destaca a impureza das fontes orais e da memoria oral para elaboração das histórias do povo indígena, se a comunidade cientifica brasileira e o povo em geral tivesse conhecimento da cultura indígena e dos significados dos acidentes geográficos que tem seu nome na língua indígena, muitos acidentes poderiam ser evitados. Até mesmo a intoxicação das plantas.



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terça-feira, 20 de setembro de 2011

ARTE E ARTESANATO KAIGANG E GUARANI NO PARANÁ.

ARTE E ARTESANATO KAIGANG E GUARANI NO PARANÁ.

Entre 12.000 e 15.000 anos atrás, era ocupado, por povos caçadores-coletores. Parte das pinturas e gravuras rupestres encontradas no Paraná, principalmente a um período entre 4.000 e 10.000 anos passados, mas a arte rupestre continuou a ser executada até cerca de 300 anos atrás. Os primeiros povos agricultores e ceramistas chegaram ao Paraná há 4.000 anos, ao longo do tempo dispersaram-se por todo território paranaense, sendo ancestrais de índios da família lingüística jê, representados atualmente pelos kaigangs e xokleng. Há 2.000 anos aparecem, em território paranaense, os ancestrais dos índios Tupi Guarani. A cerâmica característica guarani era decorada com pinturas geométricas, vermelhas. pretas e branco. Pintavam o corpo com motivos geométricos, teciam vestimentas em algodão, redes e cestaria utilizando padrões similares.

A arte indígena na atualidade.
            No Estado do Paraná existem atualmente quatro tipos indígenas; Kaigang, Guarani, Xokleng e Xetá. A arte indígena é uma forma de comunicação através de símbolos das sociedades nativas, em que se consegue manter a diversidade cultural através do tempo. Depois do contato com os europeus houve uma gradual transformação na cultura material, incorporando características dos colonizadores luso-brasileiros e europeus. Atualmente, os Kaigang fazem cestos, alguns grandes, como os cargueiros, com tramas e padrões decorativos que caracterizam a identidade grupal.  As flautas, praticamente não são produzidas, enquanto os chocalhos agora são produzidos e vendidos em grande quantidade assim como algumas miniaturas de armas: arco e flechas. Os adornos em plumaria e a pintura corporal, acabaram ao longo do tempo, sendo substituídos pelos trajes dos colonos luso-brasileiros. Os recipientes de cerâmica foram substituídos por outros de ferro. O artesanato indígena é uma forma de continuidade da reprodução de motivos decorativos tradicionais, em cestas e trançados, que representam figuras e elementos mitológicos Guarani e Kaigang, fundamentais na afirmação da identidade cultural desses grupos.

 FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS NO ESTADO DO PARANÁ: BREVE HISTÓRICO.
            Com relação a formação dos professores indígenas no Paraná, a SEED juntamente com vários órgãos e entidades relacionadas a cultura indígena, desenvolveram atividades no intuito de capacitar esses profissionais desde 2004, entre elas a elaboração de duas propostas curriculares:
-uma para formação de professor Kaigang que já havia concluído o Ensino Médio;
-outra para formação de professor Guarani e Kaigang na modalidade Normal Bilingue.
            Destaca-se entre as inovações a utilização, como base na formação dos professores o Protocolo Guarani de 2003, cuja inovação diz respeito a territorialidade Guarani. Ainda são muitos os desafios a serem vencidos, desde questões pedagógicas, administrativas, de especificidade culturais e lingüísticas, a fim de construir uma educação escolar indígena de fato específica, diferenciada, intercultural e bilíngüe.

Educadores:ADRIANA ARAUJO, JANETE , NILCE, ALCEU, NOELI, JOCELAINE

SEXUALIDADE E GÊNEROS

APRESENTAÇÃO
Para desenvolvermos um trabalho efetivo no ambiente escolar em relação ao Gênero e Diversidade Sexual, devemos ter subsídios pedagógicos e apoio da rede de educação a que pertencemos e seguirmos as normas e orientações para a Educação, no nosso caso a SEED-PR.
Lendo a apresentação do caderno temático da Sexualidade, sentimos a forte decisão e emprenho da mesma em garantir o acesso e direito a educação pública, gratuita e de qualidade para todos as pessoas, independente da orientação sexual e/ou identidade.

1 - SEXUALIDADE E GÊNEROS: QUESTÕES INTRODUTÓRIAS

Estudos recentes que tratam sobre gêneros e sexualidade estão sendo cada vez mais discutidos em nossa sociedade e como não poderia deixar de ser, também em nossas escolas.
Em nosso cotidiano, as expressões gays, lésbicas, travestis, bissexuais e transexuais são cada vez mais freqüentes.
Entender o que isso significa e nos despir de preconceitos, não é fácil, visto que fomos educados numa cultura onde essas palavras eram pejorativas e pouco faladas.
No entanto, no momento atual, se exige da nossa sociedade e em especial das/os educadoras/es que busquem formação para que possam repassar o tema Sexualidade de forma imparcial, crítica e desconstruir ideias historicamente construídas.
Ambientes públicos que pressupõem grupos heterogêneos de pessoas reunidas e locais de sociabilidade (entre eles e a sociedade), precisam respeitar a diversidade humana. Isso inclui a diversidade de crenças, credos religiosos, a diversidade sexual, a diversidade de grupos humanos, entre outras.
Embora tratada como doença em 1948, o homossexualismo passou em 1985, através do Conselho Federal de Medicina a não ser tratada mais dessa forma.
Sob o aspecto legal, todos os sujeitos – independente de sua origem, credo, cor da pele, orientação sexual, faixa etária e classe social – devem ser respeitados em seus direitos e deveres.
A valorização dessa diversidade na escola é necessária para que essa escolarização inclua os sujeitos históricos com igualdade de oportunidades e para que isso ocorra é necessário uma atualização do currículo, ou seja, descolonizá-lo para evitar pré-conceitos e atitudes discriminatórias.
Alguns grupos mais resistentes afirmam que essa prática pode estimular a iniciação e a prática sexual por parte dos/as jovens, acarretando o aumento de número de gravidezes e de abortos, gerando segundo estes, o caos.
O objetivo que o grupo destaca para essa atualização curricular é para inserir o conhecimento como forma de orientação e prevenção a/ao educanda/o dessas situações de risco: gravidezes, abortos e doenças. Também despertar o respeito a escolha sexual de cada indivíduo. O único caminho para a efetivação de uma escola democrática e educativa, seja pensar sob esse viés.
Em 2007, com o então presidente Luis Inácio Lula da Silva, formou-se a 1ª Conferência Nacional de GLBT , tendo como temática “Direitos Humanos e Políticas Públicas”: O caminho para garantir a cidadania de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais”.
No Paraná, o governador Roberto Requião também convocou a 1ª Conferência Estadual de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, com o mesmo intuito do então Presidente.
Em virtude disso, foram oficializadas leis e decretos que legitimam alguns direitos sexuais da população e de gênero, fortalecendo as discussões.

2 - PENSAR A SEXUALIDADE NA CONTEMPORANEIDADE

Nas sociedades ocidentais modernas, entre elas a brasileira, a sexualidade parece ter uma evidente centralidade. Mas isso não foi sempre assim. A constituição da sexualidade como uma questão tão central e instigante tem uma história.
Segundo Michel Foucault, tudo é um processo que se estende a uns 200 anos, onde falava-se da carne, das paixões e desejos do corpo. A sexualidade ainda não era nomeada como experiência humana. Somente em 1860/1870, a sexualidade começou a se transformar em questão sendo objeto de estudo de atenção do Estado, da Medicina, das Leis, além de continuar a ser tema da Religião.
Nos finais do século XIX, surge uma nova disciplina: A Sexologia, onde médicos, filósofos, moralistas e pensadores (os então chamados vitorianos), fazem novas descobertas sobre o sexo e classificam os sujeitos e as práticas sexuais, determinando o que era ou não normal, adequado, sadio, tornando isso como verdades.
Ainda neste final de século surge a homossexualidade ou o sujeito homossexual, antes já existente mas nomeado como sodomia e que consistia em um pecado, onde a prática sexual entre parceiros do mesmo sexo, desviava-se da chamada “normalidade”. Portanto estabelecia-se hierarquias que marcavam os diferentes tipos de sujeitos e também marcavam os tipos de práticas existentes.
Ao longo do tempo, o conjunto de modificações foi se transformando, constituindo hoje um olhar mais complexo sobre a sexualidade.
Na metade do século XX, os movimentos sociais declararam profundamente a cultura, entre eles os organizados pelas mulheres e das chamadas minoria sexuais, compreendidos neste contexto como atribuição social de valor onde grupos dominantes viam por essa ótica.
Nesta época, grupos de gays e lésbicas mostravam a sua cara, exigindo respeito e visibilidade, agitando a vida cultural, construindo espaços de cultura, de lazer e de arte, declarando sua estética e sua ética.
Mulheres buscam seus espaços, vão as ruas, fazem provocações e passeatas, reivindicam salários iguais e direitos.
O movimento negro enganjou-se neste agito cultural e constituiu o que veio a se chamar “política de identidades” - que eram os movimentos sociais organizados tendo como protagonista grupos historicamente subordinados.
Esses grupos reivindicavam direitos de falarem por si próprios e não continuarem sendo falados por grupos dominantes.
No campo da sexualidade, outras vozes seriam ouvidas – o da classe agora não mais a minoria mais que começava a levantar sua bandeira e as múltiplas formas de ver e viver a vida.
O advento da AIDS trouxe a sociedade uma forte discriminação onde a intolerância, desprezo e exclusão dos homossexuais foi intensa e a homofobia mostrava-se cruel, mas que também abriu lacuna para a discussão acerca da sexualidade, e particularmente, do homossexualismo.
Na metade dos anos 1980, passou-se a discutir mais a sexualidade em várias instâncias, inclusive nas escolas.
Os movimentos de ativistas gays e lésbicas se ampliava no Brasil e era onde buscava-se o reconhecimento e legitimação bem como a sua inclusão em termos igualitários, ao conjunto da sociedade, possibilidade da união legalizada, adoção de filhos, direito a herança.
Outros grupos buscam desafiar as fronteiras tradicionais de gêneros e sexuais e outras ainda decidem viver a ambigüidade, afirmando-se propositalmente como diferentes, estranhos, “queer”, que na expressão sinaliza uma disposição ou modos de ser e de viver.
A expressão “queer” reunia o conjunto dos excluídos da posição sexual dominante, que eram os heterossexuais.
Mesmo nestes grupos chamados de minoria, começa a surgir a legitimação, diferenças que se notava entre os já diferentes, ou seja, a identidade gay ou a identidade lésbica.
Na contemporaneidade, os atravessamentos de fronteiras e de gêneros, a sexualidade parece mais frequentes e as classificações binárias não dão mais conta das possibilidades de práticas e de identidades experimentadas pelos sujeitos.
Hoje já existe uma grande diversidade de classificação para identificar o sujeito sexuado.
Muitos agentes públicos vem desde 1990 alertando a gravidez na adolescência e principalmente os números de abortos que são realizados na faixa etária de 10 a 19 anos que não são registrados.
Podemos citar aqui um documentário da cineasta Sandra Werneck que foi lançado em 2005: “Meninas” que trata bem essa problemática e foi bem recebida pela crítica por tomar conhecida esta realidade.
A autora do texto coloca a gravidez na adolescência em dois níveis: primeiro na superfície: problemas relativos a saúde física e psicológica e a dificuldade das famílias pobres e segundo: por baixo da superfície: que são determinantes para entender não só os problemas de gravidez na adolescência, mas na forma em que jovens mulheres e homens iniciam sua vida sexual, onde, para entendermos a complexidade da gravidez na adolescência precisamos entender os valores e padrões de gêneros que reproduzem e reforçam estereótipos e a dominação masculina sobre a vontade feminina em escolher sozinha o momento certo para iniciar sua vida sexual.
Uma questão muito debatida e a divisão de gêneros na educação, uma prática social difícil de ser solucionada porque tanto na família quanto na escola os valores associados a feminilidade e masculinidade continuam a ser reproduzidos como se ambos vivessem em mundos separados, as meninas são educadas para agradar aos outros e não para elas serem capazes de fazer suas próprias escolhas. É claro que não podemos esquecer que muita coisa mudou na vida das mulheres, mas mudou no sentido de da sua independência e da sua liberdade, das limitações que lhe foram impostas.
Como uma menina pode ser educada para pensar em si mesma e se valorizar como alguém dotado de várias capacidades e limitações, se desde cedo ela escuta que para vencer na vida tem que seduzir usar o seu corpo para atrair olhares masculinos; aí podemos intervir defendendo um pouco os velhos padrões morais, com uma educação que prepare essas meninas para que elas possam escolher outras conquistas, não só aquelas suscitadas pela atração sexual, mas uma educação que as prepare para viver as mais diversas experiências.
Desde 1980, já procura-se tratar os problemas das assimetrias de gênero na escola, incluindo o tema educa educação sexual, respeitando as boas intenções de que sexualidade se restringe a disciplinas de ciências e biologia, o problema desta delimitação da sexualidade na escola às disciplinas,colocaram o “sexo em discurso” a qual acaba reproduzindo o papel normatizador dos papéis sexuais.
A autora nos coloca que o sexo deve ser educado nas escolas com modelos naturalizados e normatizados, esbarrando aí em vários problemas de caráter prescritivo, informativo centrado na figura do professor enquanto os adolescentes devem ouvir e aprender, ou seja,m sexo e sexualidade continuam presos numa relação pedagógica não ideológica. Ela ainda acrescenta que a abordagem disciplinar da sexualidade difícil, trata das relações de gêneros, como se fosse possível separar o sexo, a sexualidade e o gênero. Levantando-se aí a problemática de como abordar a gravidez na adolescência, resposta essa que envolve a escolha em relação de gêneros assimétricos e desiguais.
Em suma, podemos concluir que as meninas precisam aprender a se conhecer, assumindo suas responsabilidades, a compreender que suas relações com os meninos não são naturais e que são indivíduos que pensam por si mesmas e fazer conscientemente suas escolhas entendendo que as relações de gênero não tem que ser organizados e vividas a partir da assimetria e da dominação de um sobre o outro. A gravidez pode ser uma escolha de qualquer mulher, mas difícil, será para as meninas que tem informações e conhecimentos.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ATIVIDADE REFERENTE AO CADERNO TEMÁTICO:HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA.

ANÁLISE DO FILME: “VISTA MINHA PELE” Direção: Joel Zito Araújo.



Pontos Positivos:

1- Curta metragem: aproximadamente 23 minutos, possibilita a atenção do aluno do inicio ao fim.
2- Produção Nacional:Enredo do filme é identificado no cotidiano do aluno.
3- Adolescência: As situações típicas da adolescência são representadas no filme.
4- Discriminação: Essa discriminação ocorre ao avesso, na qual os brancos são minoria e discriminados pelos negro, maioria.


Resumo do filme:

A Maria, personagem principal, é branca, adolescente, pobre, e cresce numa sociedade dominada pelo negro.
Passa a estudar num colégio particular predominantemente negro como bolsista, começa então a sofrer discriminação devido a sua cor de pele sua situação social, por parte dos colegas e dos professores.
Sonha desde criança em ser rainha da festa junina da escola, no inicio,porém não encontra apoio da família, nem dos professores e colegas, pensa logo em desistir do sonho.
Surge posteriormente, o apoio de sua amiga de classe Paula e de funcionários brancos da escola,bem como, de sua mãe; que a motivam e auxiliam na venda dos votos;elabora cartazes na casa da Paula e percebe que outras pessoas passam a apoia-la na eleição e sobretudo na lurta contra o preconceito.
Na apuração, entretanto, percebe-se atitudes imparciais dos professores e colegas, que demonstram sua preferência pela rival;enfim, Maria percebe que o mais importante não é vencer a eleição,mas a quebra do preconceito que inicia coma sua campanha.


Participantes: Alceu Ferreira Junior, Ivonete M. Voidaleski, Nilce Stachera.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA

Por que a Lei?
Algumas Reflexões.


Ela veio para estabelecer um marco legal, para transformar em legalidade e legitimidade à organização e à luta sobre aquela negação de que essa parte da população que contribuiu valorosamente para à cultura e história no desenvolvimento do País.
A Lei ao determinar a inclusão da história e cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica busca valorizar a cultura do povo negro, e demais etnias na afirmação de uma sociedade pluriétnica e multicultural, como a sociedade brasileira.

Como Trabalhar a lei nº 10.639/2003.
Sob a nossa análise , concluímos que ; de acordo com a Conselheira Petronilha, a articulação da Lei e seus princípios norteadores com a prática cotidiana das escolas precisa vencer as resistências , não somente no âmbito escolar mas também fora deste contexto. Por isso há necessidade de formação para que os educadores juntamente com políticas públicas, movimentos sociais, caminhem juntos para desempenhar o melhor para todos.
OBS:No Caderno Temático História E Cultura Afro-Brasileira e Africana(2008),encontra-se sugestões de atividades, desenvolvidas por professores das escolas públicas do Paraná, que servirão de subsídios na organização deste trabalho nas escolas .

                 Pré                                 -              Conceito
                  ▼                                                        ▼

Não conhecer Conhecimento                  Julgar/escolher

Temos que ter o conhecimento para não ser preconceituoso e para poder lidar positivamente com as questões relacionadas a diversidade étnica-racial.


Participantes: Ivonete Montipó Voidalesk, Nilce Stachera, Noely de F. P. Fila

ETNOMATEMATICA E AÇÃO PEDAGOGICA

Na concepção etnomatematica, é importante salientar que o movimento de se trabalhar a matematica de forma real, com situações do cotidiano dos alunos que temos dois grandes nomes que vem atuando nessa concepção. Para D'ambrosio e Sebastian Ferreira, a formação do professor nesse sentido é fundamental para que haja na pratica uma aprendizagem aberta e flexivel para experiencias e conhecimentos das diversas culturas.
1, construindo a proposta: alguns principios norteadores
Um dos principios tem por base a atitude investigativa frente ao conhecimento e a realidade, sendo concebido como mediadores de diversas culturas. Portanto o conhecimento da cultura dos outros incluindo a sua valorização bem como o respeito a sua diversidade, constitui um conjunto que visa a formação de educadores matematicos, onde o aluno pesquisador tambem deve ser pensado de modo que haja uma perspectiva interrogativa, reflexiva e critica frente ao conhecimento, procurando entende-lo em seu contexto social, cultural e historico.
Segundo relatos do professor indigena feita durante a sua formação docente, a utilização de formas de medidas não padronizadas, as quais sempre estiveram presentes em sua cultura, mesmo antes do contato com os brancos, sendo estas repassadas de pai para filho ao longo dos tempos. Diante das pesquisas realizadas tato pelos alunos como pelos professores indigenas, houve um resgate de vários fazeres que foram substituidos por costumes de outras culturas com quem tiveram contato.

PARTICIPANTES: ADRIANA ARAUJO, IVONETE, NILCE, ALCEU e NOELI

quarta-feira, 1 de junho de 2011

CLIQUE AQUI E ACESSE AS SUGESTÕES DE LEITURA DA COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDIGENA

ANÁLISE DO TEXTO: CINCO IDEIAS EQUIVOCADAS SOBRE ÍNDIOS - JOSÉ RIBAMAR BESSA FREIRE

EQUÍVOCOS 01 E 02

PRIMEIRO EQUÍVOCO: ÍNDIO GENÉRICO

Ao analisarmos o primeiro equivoco sobre a cultura indígena brasileira é denominarmos todos os indígenas como ÍNDIOS, incluindo neste pensamento que todos os indígenas são iguais, falam uma única língua, têm as mesmas crenças, enfim, tem uma única cultura, independente do lugar ocupam no território brasileiro.
Cada grupo indígena compõem uma etnia própria, exemplificado pela diversidade de línguas faladas, estimadas em 188 atualmente no Brasil, algumas delas aparentadas e outras totalmente deferentes; assim como a língua, as culturas destas mais de 200 etnias também são diversificadas, sendo que estas diferenças dever ser compreendidas e respeitadas.

SEGUNDO EQUÍVOCO: CULTURAS ATRASADAS

Este equívoco de considerar as línguas, as culturas, as religiões indígenas como inferiores a nossa cultura, é algo que ainda persiste em segmentos da nossa sociedade.
Não podemos considerar nossa língua portuguesa superior as 188 línguas faladas pelos indígenas, pois todas desempenham a mesma função de expressar ideias, pensamentos , ou seja, comunicar-se.
Assim como nós (sociedade Brasileira) temos comportamentos e até “calendário” pautados na religião cristã, todas as etnias detém sua crença e “vida social” pautada nela, celebrando épocas de colheita, caças, casamentos, funerais conforme seus princípios religiosos, sendo o local destas manifestações a principal construções das aldeias.

QUESTÕES DE GÊNERO NA ESCOLA E NO RECREIO: ARTICULAÇÕES POSSÍVEIS
Ileana Wenetz

O texto reflete as várias ações decorridas no recreio escolar, bem como estas ações interferem e/ou atuam na formação do caráter sexual dos alunos de terceira e quarta série de uma escola pública de Porto Alegre, RS.
Embora sejam consideradas apenas brincadeiras, estas ações carregam valores culturais que fomentam a formação do nosso caráter, interferindo de maneria decisiva no desenvolvimento e manifestação da sexualidade.

O GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR

Embora o recreio não detenha regras explícitas, ele apresenta uma series de normas e rituais que norteiam a inclusão e formação dos alAo analisarmos o primeiro equivoco sobre a cultura indígena brasileira é denominarmos todos os indígenas como ÍNDIOS, incluindo neste pensamento que todos os indígenas são iguais, falam uma única língua, têm as mesmas crenças, enfim, tem uma única cultura, independente do lugar ocupam no território brasileiro.
Cada grupo indígena compõem uma etnia própria, exemplificado pela diversidade de línguas faladas, estimadas em 188 atualmente no Brasil, algumas delas aparentadas e outras totalmente deferentes; assim como a língua, as culturas destas mais de 200 etnias também são diversificadas, sendo que estas diferenças dever ser compreendidas e respeitadas.

SEGUNDO EQUÍVOCO: CULTURAS ATRASADAS
Este equívoco de considerar as línguas, as culturas, as religiões indígenas como inferiores a nossa cultura, é algo que ainda persiste em segmentos da nossa sociedade.
Não podemos considerar nossa língua portuguesa superior as 188 línguas faladas pelos indígenas, pois todas desempenham a mesma função de expressar ideias, pensamentos , ou seja, comunicar-se.
Assim como nós (sociedade Brasileira) temos comportamentos e até “calendário” pautados na religião cristã, todas as etnias detém sua crença e “vida social” pautada nela, celebrando épocas de colheita, caças, casamentos, funerais conforme seus princípios religiosos, sendo o local destas manifestações a principal construções das aldeias.


QUESTÕES DE GÊNERO NA ESCOLA E NO RECREIO: ARTICULAÇÕES POSSÍVEIS
Ileana Wenetz

O texto reflete as várias ações decorridas no recreio escolar, bem como estas ações interferem e/ou atuam na formação do caráter sexual dos alunos de terceira e quarta série de uma escola pública de Porto Alegre, RS.
Embora sejam consideradas apenas brincadeiras, estas ações carregam valores culturais que fomentam a formação do nosso caráter, interferindo de maneria decisiva no desenvolvimento e manifestação da sexualidade.

O GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR

Embora o recreio não detenha regras explícitas, ele apresenta uma series de normas e rituais que norteiam a inclusão e formação dos alunos, denominada no texto como cultura oral do recreio, embora também incluam gestos, atitudes, além do vocábulo.
Também observa-se que o recreio, assim como todo o espaço escolar, manifesta atitudes presentes na sociedade, conforme relatado no texto, enquanto meninas maiores e menores ocupam diferentes espaços de forma “pacífica”, os meninos maiores impõem-se sobre os menores para ocupar o espaço desejado, embora esta regra de submissão ou violência não seja ligada ao gênero. O que esta ligado ao gênero seriam a maior ocupação do espaço pelos meninos e maior intimidade com um determinado espaço pelas meninas, entrelaçando assim questões de resistências, domínios e negociações.

O GÊNERO E AS BRINCADEIRAS NO RECREIO.

As habilidades e características apresentam parte biológica e parte sócio-cultural, constituídas por ações no espaço escolar, em especial, no recreio. Neste espaço escolar são manifestadas visões preconceituosas, sejam por partes dos alunos ou até por profissionais da escola, quanto a determinadas práticas, em especial, o ato de jogar futebol, atividade definida como exclusivamente masculina, sendo o fato de um determinado menino não jogar futebol ou de uma menina jogar futebol ter sua sexualidade questionada.

CONCLUSÃO

A conclusão da pesquisa da Mestre Ileana Wenetz apresentam formas não-formais ou não-didáticas de aprendizagem dos alunos que compõem e/ou subsidiará a formação do seu caráter, em especial, durante o recreio.
Embora passam despercebidos muitas vezes, o recreio apresenta uma ordem de distribuição de espaço e tempo quanto ao gênero e a idade/tamanho.
Aqui são manifestados imposição dos maiores sobre os menores, meninos sobre meninas, delimitando o espaço no que se define como uma “geografia dos gêneros”. São demostradas também o que se deve ou não ser feito por um menino ou menina, produzindo conceitos a partir de de atos ou ideias presentes no meio social que advém.


PROFESSOR ALCEU FERREIRA JUNIOR