segunda-feira, 9 de maio de 2011

7- RESUMO CADERNO TEMÁTICO SEXUALIDADE

Texto: “Meninas podem dizer não? Algumas considerações sobre as relações de gênero e a experiência sexual entre adolescentes.” (Ana Paula Vosne Martins)
Para introduzir essa discussão a autora faz uma problematização da gravidez na adolescência a partir da reflexão sobre os valores e padrões de gênero baseados em estereótipos e também, por meio da análise da dominação masculina na iniciação sexual.
A autora acredita que ainda temos muito para mudar, no que diz respeito as relações de gênero, apresentando em seu texto alguns elementos da educação das meninas onde pode-se observar comportamentos que inferiorizam as mulheres, até mesmo desqualificando seu papel social.
A educação das meninas ainda apresenta ambigüidade de modelos de comportamento. Por um lado as meninas devem ser passivas, obedientes, recatadas, etc, mas por outro, devido ao fato de que os modelos de comportamento mais conservadores estão perdendo espaço, outros modelos opostos se apresentam e ganham a admiração das adolescentes, gerando contradição e confusão.
O texto também apresenta algumas reflexões sobre a discussão da sexualidade na escola, apontando que a educação sexual no currículo ainda pode estar  limitada as disciplinas de biologia e ciências, ou mesmo a busca de palestras de outros profissionais como médicos e psicólogos.
Neste sentido, a autora chama a atenção para a seguinte questão: que essa limitação pode ocorrer devido à escola não conseguir realizar uma discussão que ultrapasse o sexo definido pela ciência sexual.
Nesta perspectiva, a autora afirma que a educação sexual na escola, de início, apresenta uma concepção higienista, que buscava moldar comportamentos, impor modelos considerados adequados e naturalizados nas relações sociais. etc. Este modelo pedagógico para tratar os assuntos ligados a sexualidade acabam não considerando o adolescente como sujeito, são prontos, prescritivos, não estimulam os adolescentes a pensar e refletir sobre si e sua sexualidade, apenas deve receber passivamente as informações.
Este aspecto do texto nos chama bastante atenção, pois, como profissionais da educação, entendemos que, tendo em vista o nosso papel, não podemos nos omitir diante da discussão da sexualidade, porém não podemos reproduzir esse modelo higienista descrito pela autora. Portanto, necessitamos de formação adequada para evitar abordagens metodológicas equivocadas e que possam gerar confusão, ou mesmo que expressem tabus e preconceitos. 
Acredito que a superação desse modelo higienista deve encontrar espaço a partir da mobilização e tomada de consciência dos diversos níveis de ensino sobre a necessidade de uma discussão pautada no conhecimento científico numa perspectiva crítica e formativa.

Prof. Pedagoga. Andréa Daniele Muller

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